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Trabalhadores chineses são resgatados de condições análogas à escravidão em obra de montadora na Bahia

Uma fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 163 trabalhadores chineses que estavam em condições análogas à escravidão na construção da fábrica da montadora Build Your Dreams (BYD), em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A ação foi divulgada nesta segunda-feira (23) durante coletiva do Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA).



Os trabalhadores estavam alojados em condições degradantes oferecidas por uma empresa terceirizada, a Jinjiang Construction Brazil Ltda. Dentre as irregularidades identificadas, destacam-se:

  • Camas sem colchões ou com revestimentos inadequados;

  • Falta de armários e itens pessoais misturados com alimentos;

  • Banheiros precários e insuficientes (um para até 31 trabalhadores);

  • Áreas de alimentação inadequadas, com refeições realizadas em camas ou locais improvisados.



Condições de trabalho e violações

Além das péssimas condições de alojamento, os trabalhadores enfrentavam jornadas de 10 horas diárias, com folgas irregulares. Houve relatos de acidentes graves, retenção de passaportes e salários, além de cobranças indevidas que configuravam trabalho forçado.




Ação da montadora BYD

A BYD informou ter encerrado imediatamente o contrato com a empreiteira responsável, alegando que não tolera desrespeito à lei ou à dignidade humana. A montadora transferiu os trabalhadores para hotéis e está colaborando com as autoridades para garantir seus direitos.


Próximos passos

A força-tarefa envolvida na operação inclui o MPT, MTE, Defensoria Pública da União, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público Federal e Polícia Federal. Uma audiência foi agendada para o dia 26 de dezembro, a fim de discutir as providências necessárias para regularizar as condições de trabalho e alojamento.


Nota oficial da BYD

A montadora reafirmou seu compromisso com a legislação brasileira e a proteção dos trabalhadores, destacando que já vinha notificando as empresas terceirizadas para ajustes necessários.


A inspeção segue com análise de documentos e novas fiscalizações não estão descartadas. Fonte: G1.

 
 
 

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