Um levantamento divulgado neste domingo (1º) pelo g1, em parceria com a Rede Liberdade e o grupo de pesquisa e extensão Clínica de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), revelou um dado alarmante: entre 1988 e 2023, a Bahia registrou o maior número de chacinas do Norte e Nordeste, com 104 ocorrências, resultando em mais de duas mil mortes.

Do total de casos mapeados, 46 ocorreram em Salvador, destacando a capital como um epicentro da violência. No período analisado, 489 chacinas foram documentadas nas duas regiões, retratando uma realidade que se estende a todos os cantos da Bahia, desde áreas urbanas densamente povoadas até pequenos vilarejos.
Fatores contribuintes
A violência é potencializada por diversos fatores socioeconômicos. Dados do Censo 2022, do IBGE, mostram que Salvador abriga duas das 15 maiores favelas do Brasil: Beiru/Tancredo Neves, com 38.871 moradores, e Pernambués, com 35.110 habitantes. Além disso, outras cidades baianas, como Feira de Santana, Camaçari e Lauro de Freitas, também enfrentam altos índices de vulnerabilidade social e criminalidade.
Reflexos na sociedade
A disseminação da violência deixa marcas profundas na vida dos baianos, que convivem diariamente com a insegurança. Para especialistas, a redução desses números exige investimentos em educação, geração de empregos, infraestrutura básica e segurança pública, além de políticas públicas efetivas para a inclusão social e combate à criminalidade.
Enquanto os números refletem uma realidade preocupante, a esperança por mudanças exige ação coletiva e compromisso das autoridades com a construção de um futuro mais seguro e igualitário para todos os baianos.
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